Governo aproveita (outra vez) descida dos combustíveis para aumentar valor do ISP
Já estamos a ficar habituados: se os combustíveis descem no mercado, o Governo descongela um pouco mais a Taxa de Carbono, que foi congelada em 2021, na altura dos preços muito altos. O Ministério das Finanças já fez isso no final de Agosto, anulando a descida prevista para a segunda-feira seguinte, e agora (este Domingo) voltou a fazer o mesmo.
A Portaria foi publicada este Domingo à tarde, a fazer descer o desconto de 83,52 € para 74,43 €/tonelada de CO2 . Isso implica um aumento no ISP de cerca de 1,5 cêntimos.
Como entra em vigor no dia útil seguinte à publicação, esta segunda-feira já não vai sentir a diferença que todos anunciámos na passada sexta-feira.
A portaria deste domingo (reparem na pressa) procede ao descongelamento gradual da atualização da taxa do adicionamento sobre as emissões de CO2, mantendo-se uma suspensão parcial da sua atualização.
O preço dos combustíveis vai descer menos esta semana
Como se recordam, pelas minhas contas, o gasóleo deveria baixar 1,5 cêntimos e a gasolina 4 cêntimos por litro. Com esta alteração do governo, esta segunda-feira (dia 9 de setembro) o gasóleo deverá ficar exatamente na mesma, e a gasolina descerá apenas 2,5 cêntimos.
Mais uma vez, esta nova subida ficara “para sempre”. Feitas as contas, em poucas semanas, gasóleo e gasolina subiram cerca de 4,5 cêntimos só pelo lado do Estado.
Isto quer dizer que se houver alguma crise no mercado petrolífero – e os preços subirem – vamos voltar a passar um mau bocado, porque será por cima desta subida do valor do ISP (a taxa de carbono é uma das parcelas do ISP).
A partir de agora, já ficarei de pé atrás sempre que verificar que há descidas grandes na semana seguinte (pelos preços no mercado). É que não estou a ver o governo baixar a taxa de carbono quando os preços do petróleo subirem.
A expressão usada pelo Ministério das Finanças é “descongelamento gradual”. O que deve ler é “vamos deixar de dar tanto desconto” para a compensação que todos temos de pagar para usarmos combustíveis que prejudicam o ambiente (a chamada taxa de carbono).
Assim, em resumo, esqueça (novamente) a grande descida esperada esta semana. Não vai acontecer.
A taxa de carbono foi suspensa pela primeira vez em 2022 como resposta à subida galopante do preço dos combustíveis. Recordo também que o governo de António Costa já tinha começado a descongelar este “desconto” (não atualização da taxa de carbono). Fica claro que o atual governo retomou esse descongelamento e vai continuar a seguir esta estratégia. Não deve ficar por aqui.
O novo livro de Pedro Andersson
Para os jovens entre os 16 e os 30 anos (em pré-venda)
OS OUTROS 5 LIVROS (Já os leu?)
O post Última hora | Governo volta a anular a descida dos combustíveis, com nova subida da taxa de carbono apareceu primeiro em Contas-Poupança.
Governo aproveita (outra vez) descida dos combustíveis para aumentar valor do ISP
Já estamos a ficar habituados: se os combustíveis descem no mercado, o Governo descongela um pouco mais a Taxa de Carbono, que foi congelada em 2021, na altura dos preços muito altos. O Ministério das Finanças já fez isso no final de Agosto, anulando a descida prevista para a segunda-feira seguinte, e agora (este Domingo) voltou a fazer o mesmo.
A Portaria foi publicada este Domingo à tarde, a fazer descer o desconto de 83,52 € para 74,43 €/tonelada de CO2 . Isso implica um aumento no ISP de cerca de 1,5 cêntimos.
Como entra em vigor no dia útil seguinte à publicação, esta segunda-feira já não vai sentir a diferença que todos anunciámos na passada sexta-feira.
A portaria deste domingo (reparem na pressa) procede ao descongelamento gradual da atualização da taxa do adicionamento sobre as emissões de CO2, mantendo-se uma suspensão parcial da sua atualização.
O preço dos combustíveis vai descer menos esta semana
Como se recordam, pelas minhas contas, o gasóleo deveria baixar 1,5 cêntimos e a gasolina 4 cêntimos por litro. Com esta alteração do governo, esta segunda-feira (dia 9 de setembro) o gasóleo deverá ficar exatamente na mesma, e a gasolina descerá apenas 2,5 cêntimos.
Mais uma vez, esta nova subida ficara “para sempre”. Feitas as contas, em poucas semanas, gasóleo e gasolina subiram cerca de 4,5 cêntimos só pelo lado do Estado.
Isto quer dizer que se houver alguma crise no mercado petrolífero – e os preços subirem – vamos voltar a passar um mau bocado, porque será por cima desta subida do valor do ISP (a taxa de carbono é uma das parcelas do ISP).
A partir de agora, já ficarei de pé atrás sempre que verificar que há descidas grandes na semana seguinte (pelos preços no mercado). É que não estou a ver o governo baixar a taxa de carbono quando os preços do petróleo subirem.
A expressão usada pelo Ministério das Finanças é “descongelamento gradual”. O que deve ler é “vamos deixar de dar tanto desconto” para a compensação que todos temos de pagar para usarmos combustíveis que prejudicam o ambiente (a chamada taxa de carbono).
Assim, em resumo, esqueça (novamente) a grande descida esperada esta semana. Não vai acontecer.
A taxa de carbono foi suspensa pela primeira vez em 2022 como resposta à subida galopante do preço dos combustíveis. Recordo também que o governo de António Costa já tinha começado a descongelar este “desconto” (não atualização da taxa de carbono). Fica claro que o atual governo retomou esse descongelamento e vai continuar a seguir esta estratégia. Não deve ficar por aqui.
O novo livro de Pedro Andersson
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