UE aposta no empreendedorismo e inovação em deep tech com apoios de 1,4 mil milhões


A Comissão Europeia (CE) apresentou no passado mês de novembro o novo Programa de Trabalho do EIC para 2026, o qual mobilizará aproximadamente 1,4 mil milhões de euros para apoiar empreendedores e investigadores de deep tech, destinando-se, essencialmente, a empresas, universidades e centros de investigação que se dedicam ao desenvolvimento de tecnologias disruptivas.

Este instrumento está desenhado para financiar todo o ciclo evolutivo de inovação tecnológica e é reconhecido como inigualável a nível europeu na medida em que acompanha, de forma sequencial, a maturidade tecnológica das empresas: permite que se crie e defina uma nova tecnologia através do EIC Pathfinder, que se teste o modelo de negócio, que se evolua o produto através do EIC Transition e que se acelere a introdução no mercado desse mesmo produto através do EIC Accelerator.

O EIC ambiciona, assim, dar uma resposta à necessidade de criar um ecossistema europeu robusto e capaz de transformar investigação de ponta em empresas competitivas e apostar em projetos de alto risco mas com capacidade e potencial de transformar toda a indústria europeia (i.e., o princípio high-risk, high-gain).

Para além das convocatórias anuais do EIC – Pathfinder, Transition e Accelerator –, o Programa de Trabalho para 2026 apresenta, como principais novidades:

  1. Advanced Innovation Challenges: disponibilização de novas convocatórias que visam apoiar projetos de alto risco e de alto impacto para a Europa em duas frentes: inteligência artificial e as designadas new approach methodologies (NAM), que são novas metodologias capazes de fornecer informações sobre avaliação de riscos químicos, evitando testes em animais.
    O financiamento será distribuído em duas fases: numa primeira fase pretenderá apoiar uma maior diversidade de projetos, oferecendo diferentes soluções para o mesmo desafio (até €300.000), enquanto que, numa segunda fase, fornecerá financiamento mais substancial (até2,5 milhões) para prototipagem, testes com utilizadores e validação de mercado de alguns desses projetos mais promissores. Para este efeito, serão admitidas candidaturas por entidades individuais (tais como PME, spin-offs, start-ups, ou entidades de investigação e universidades) ou consórcios de dimensão reduzida (participação de duas a três entidades).
  2. EIC Accelerator simplificado: os formulários de candidatura serão simplificados (passando de 50 para 20 páginas), as avaliações tomarão lugar a cada dois meses e a análise tecnológica será mais profunda. Adicionalmente, a CE irá também antecipar alguns dos processos de due diligence exigida neste tipo de candidaturas, o que permitirá às empresas concentrarem-se mais na inovação e menos na burocracia, acelerando o acesso ao financiamento e à rede de apoio do EIC.
    Ao nível do EIC Accelerator – com um investimento de220 milhões – as áreas de foco serão: materiais avançados para energias renováveis, tecnologias facilitadoras para centrais de fusão, biotecnologia para regenerar solos agrícolas, cadeia de valor europeia de matérias-primas críticas e deep tech para a adaptação às alterações climáticas. Neste caso, as candidaturas individuais poderão envolver startups, PME (incluindo spin-offs) e small mid-caps.
  3. Suporte a startups e scaleups europeias: o reforço de serviços para facilitar parcerias e o acesso por startups e scaleups a mercados internacionais e a monitorização da participação feminina no ecossistema de inovação através do Gender Index. Este programa incluirá convocatórias direcionadas para áreas estratégicas como matérias-primas críticas, fusão nuclear, inteligência artificial, adaptação climática e a plataforma STEP (Strategic Technologies for Europe Platform), oferecendo apoios até30 milhões para projetos de grande escala.

Em paralelo, a CE prepara o lançamento do Scaleup Europe Fund, uma iniciativa privada e cofinanciada no âmbito do EIC Fund que visa colmatar a lacuna de investimento em start-ups de deep tech e fornecer capital para crescimento internacional, mantendo a sede destas empresas tecnológicas na Europa.

Para empresas e academia o EIC 2026 é uma oportunidade imperdível para continuar a apostar no avanço tecnológico, converter ideias em soluções e fortalecer a posição da Europa no mapa da inovação global. Como é natural, o papel das empresas tecnológicas é central: são estas que transformam a investigação em produtos, serviços e soluções concretas.

O envolvimento ativo da KPMG nestes projetos permite-nos obter uma visão privilegiada do melhor que as empresas e Universidades nacionais estão a produzir científica e tecnologicamente. Como tal, compreendemos que a definição de parcerias estratégicas e o adequado acompanhamento técnico serão fundamentais para ampliar o impacto destes instrumentos de financiamento europeu, com vista a assegurar que o talento e as tecnologias mais avançadas se reforçam e permaneçam na Europa.


A Comissão Europeia (CE) apresentou no passado mês de novembro o novo Programa de Trabalho do EIC para 2026, o qual mobilizará aproximadamente 1,4 mil milhões de euros para apoiar empreendedores e investigadores de deep tech, destinando-se, essencialmente, a empresas, universidades e centros de investigação que se dedicam ao desenvolvimento de tecnologias disruptivas.

Este instrumento está desenhado para financiar todo o ciclo evolutivo de inovação tecnológica e é reconhecido como inigualável a nível europeu na medida em que acompanha, de forma sequencial, a maturidade tecnológica das empresas: permite que se crie e defina uma nova tecnologia através do EIC Pathfinder, que se teste o modelo de negócio, que se evolua o produto através do EIC Transition e que se acelere a introdução no mercado desse mesmo produto através do EIC Accelerator.

O EIC ambiciona, assim, dar uma resposta à necessidade de criar um ecossistema europeu robusto e capaz de transformar investigação de ponta em empresas competitivas e apostar em projetos de alto risco mas com capacidade e potencial de transformar toda a indústria europeia (i.e., o princípio high-risk, high-gain).

Para além das convocatórias anuais do EIC – Pathfinder, Transition e Accelerator –, o Programa de Trabalho para 2026 apresenta, como principais novidades:

  1. Advanced Innovation Challenges: disponibilização de novas convocatórias que visam apoiar projetos de alto risco e de alto impacto para a Europa em duas frentes: inteligência artificial e as designadas new approach methodologies (NAM), que são novas metodologias capazes de fornecer informações sobre avaliação de riscos químicos, evitando testes em animais.
    O financiamento será distribuído em duas fases: numa primeira fase pretenderá apoiar uma maior diversidade de projetos, oferecendo diferentes soluções para o mesmo desafio (até €300.000), enquanto que, numa segunda fase, fornecerá financiamento mais substancial (até2,5 milhões) para prototipagem, testes com utilizadores e validação de mercado de alguns desses projetos mais promissores. Para este efeito, serão admitidas candidaturas por entidades individuais (tais como PME, spin-offs, start-ups, ou entidades de investigação e universidades) ou consórcios de dimensão reduzida (participação de duas a três entidades).
  2. EIC Accelerator simplificado: os formulários de candidatura serão simplificados (passando de 50 para 20 páginas), as avaliações tomarão lugar a cada dois meses e a análise tecnológica será mais profunda. Adicionalmente, a CE irá também antecipar alguns dos processos de due diligence exigida neste tipo de candidaturas, o que permitirá às empresas concentrarem-se mais na inovação e menos na burocracia, acelerando o acesso ao financiamento e à rede de apoio do EIC.
    Ao nível do EIC Accelerator – com um investimento de220 milhões – as áreas de foco serão: materiais avançados para energias renováveis, tecnologias facilitadoras para centrais de fusão, biotecnologia para regenerar solos agrícolas, cadeia de valor europeia de matérias-primas críticas e deep tech para a adaptação às alterações climáticas. Neste caso, as candidaturas individuais poderão envolver startups, PME (incluindo spin-offs) e small mid-caps.
  3. Suporte a startups e scaleups europeias: o reforço de serviços para facilitar parcerias e o acesso por startups e scaleups a mercados internacionais e a monitorização da participação feminina no ecossistema de inovação através do Gender Index. Este programa incluirá convocatórias direcionadas para áreas estratégicas como matérias-primas críticas, fusão nuclear, inteligência artificial, adaptação climática e a plataforma STEP (Strategic Technologies for Europe Platform), oferecendo apoios até30 milhões para projetos de grande escala.

Em paralelo, a CE prepara o lançamento do Scaleup Europe Fund, uma iniciativa privada e cofinanciada no âmbito do EIC Fund que visa colmatar a lacuna de investimento em start-ups de deep tech e fornecer capital para crescimento internacional, mantendo a sede destas empresas tecnológicas na Europa.

Para empresas e academia o EIC 2026 é uma oportunidade imperdível para continuar a apostar no avanço tecnológico, converter ideias em soluções e fortalecer a posição da Europa no mapa da inovação global. Como é natural, o papel das empresas tecnológicas é central: são estas que transformam a investigação em produtos, serviços e soluções concretas.

O envolvimento ativo da KPMG nestes projetos permite-nos obter uma visão privilegiada do melhor que as empresas e Universidades nacionais estão a produzir científica e tecnologicamente. Como tal, compreendemos que a definição de parcerias estratégicas e o adequado acompanhamento técnico serão fundamentais para ampliar o impacto destes instrumentos de financiamento europeu, com vista a assegurar que o talento e as tecnologias mais avançadas se reforçam e permaneçam na Europa.



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